quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Uma simples tarde de inverno.

Sentada na cadeira giratória, uma perna por cima da outra, o pé está batendo no chão no mesmo ritmo da música de uma banda qualquer, olho pra televisão e enxergo um piano, luzes, máscaras, cortinas, danças e passado. A música é boa mas o videoclipe não me chama a atenção. Me atrai mais é o sol que bate na porta, mesmo que o claro esteja me encomodando um pouco, mas nem assim, deixo de digitar coisas tão banais, porque isso sim, realmente me chama a atenção. Eu poderia estar lá fora, olhando pro azul de tom lindo que está no céu, pensando em como o mundo é futil e as pessoas estúpidas, mas eu preferiria estar sonhando e sorrindo... então me vem uma vibração, meu olhar volta pra televisão e está ali, um dos meus sonhos. Incrível como eu me desligo do resto quando isso acontece. Meu bolo acabou, a porta se abre e o calor do sol toca meu rosto... é bom. Eu poderia não estar aqui. Poderia estar rindo. Poderia estar em algum outro lugar, conhecendo uma pessoa que faria parte da minha vida, alguém que eu não ia esquecer. Mas não. Não há outro lugar. Há a busca, há o poder da imaginação, mas não me faz sentido isso agora. Porque hoje oque me atrai é o realista, não o abstrato. Não sei por quanto tempo, até eu aprender a sonhar outra vez.


Rafaela Schmitt Nunes

PS: Esse texto foi escrito à um tempo.

2 comentários:

  1. O abstrato ainda me atrai. Gostei muito do texto. Seguindo aqui, segue também? Beijos.

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  2. adorei todos os seus textos. estou te seguindo.
    segue tbm ?,
    doisbeijos ;**

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