sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Amar; pode até ser

"Já não me sinto satisfeita escrevendo para as paredes. Você nunca me disse "seja bem-vinda" e eu mesmo não me importei em saber se poderia chegar assim tão de repente e te colocar dentro do meu coração sem te pedir permissão. Não cheguei a dizer toda a verdade. Sempre tive um grande medo de me expressar mal e exagerar. Mas não havia como. Apenas deveria lhe dar uma resposta completa, dizer o que eu tinha pra oferecer, o tamanho de você que existia em mim. (...)
Tudo que você me disse um dia, seja bom ou ruim, não vai ser esquecido. Eu não quero dizer nada que vá te ferir, se conseguisse impediria que minha boca se calasse às suas perguntas. (...) Mas você não consegue me entender, quer mudar minha forma de agir, mas não percebe que isso tudo faz parte do meu plano pra te esquecer? Não percebe que dói ter oportunidade de te dizer o quanto gosto de estar contigo, mas não querer pra não me machucar ainda mais? Não percebe que eu só penso em me divertir pra ver se não encontro um modo de fugir de você sem ser com você? Eu tenho um jeito tímido de ser romântica, e você tem um jeito diferente de ser romântico. E tudo que eu digo e faço é pra tentar provar pra mim mesma que eu não estou apaixonada. (...) Não quero te deixar triste, mas também não quero ser triste pelo resto da minha vida. Não me diga adeus, me devolva a mim, mas não, não vá embora, não vá. Mas lembre-se de mim. Pode ser que eu tenha te amado, pode ser."

Rafaela Schmitt

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

A juventude sofre e ninguém parece perceber. Eu tenho um coração. Eu tenho ideais. Eu gosto de cinema e de coisas naturais. ♫

Legião Urbana, Aloha.
Quando pensar em querer o coração de alguem, também queira ser responsável, se não você o perde, e o alguém também.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Esse tempo já passou

Eu tenho tanta vontade de nada que chega até a me dar dor de cabeça. Ainda tenho vontade de ter apenas pra mim o que já esteve em minhas mãos e que agora qualquer uma pode ter. Mas hoje eu sei o que é certo e pra falar bem a verdade, eu não gosto de ter esse conhecimento. Se eu pudesse, erraria até o final da minha vida, se fosse de um modo que me fizesse sentir como eu me senti à um tempo atrás. Talvez não tenha sido a felicidade em si, mas uma realização -extremamente- confusa da qual eu não queria que se fosse tão cedo, por que já estava quase transformada em uma felicidade tranquila, tudo perfeito seria. E esse ponto, infelizmente, não teve oportunidade de chegar. Uma história com palavras e gestos repetidos, outra vez sem um motivo o que me fez pensar que pode ser que nada tivesse valido a pena -isso logo se apagou da minha mente-, como se não houvesse nenhum sentimento. O ruim é não ter certeza de nada, estar sempre com medo de perder aquela pessoa, e por isso querer abraçá-la sempre bem forte, como se fosse a última vez. E quando se vai, mesmo com um sorriso, mesmo com um gesto de carinho ou um beijo louco de quem está apaixonado, mesmo assim nunca temos a certeza. Todo mundo sabe que quem gosta mais, se fere mais, se ilude e desilude mais. E quem gosta menos, sempre acha que a gente vai voltar. De todas as vezes eu estive lá, eu voltei, e me acostumei com o medo -dificil de lidar- somente pelo prazer de ter de novo o que já havia me feito feliz um dia. Vivi desde o começo com o pensamento de que tudo se repetiria; dito e feito. Mas eu não volto mais praquele lado não. E se eu voltar, não vai ser pra fazer papel de trouxa não. Eu não preciso sentir algo ruim pra poder sentir algo bom, eu vou resistir, não importa o que vá passar pela minha frente, pela minha cabeça, eu estou sozinha e afinal, tudo acaba mesmo, que diferença faz? Vem logo a vontade de viver, de me divertir sem pensar no que os outros vão achar, quem decide minha vida sou eu. Só quero compromisso comigo. Ninguém mais, não agora.


Rafaela Schmitt

sábado, 18 de dezembro de 2010

Um pequeno espaço para o amor


Deve chegar a ser curioso para os olhos que me seguem de fora. Pra mim também é um pouco esquisito, onde estão minhas palavras sobre o amor? Todos falam, todos tem seu ponto de vista, todos tentam mas na verdade, ninguém consegue explicar. Talvez eu pudesse expressar com algum texto o meu amor. Aquele de mãe, ou de amizade, sabe? Por que eu ainda não me arrisco a dizer que amo alguém, quero pra sempre alguém. Pra mim, hoje - diferentemente de antigamente - o "eu amo você" tem um significado a mais, bom, estamos falando de amor não é? Óbvio que tem um grande valor! E eu não quero dizer "eu te amo" pra ninguém por não ter certeza. Mas eu vou expor minhas outras possibilidades, e dessa vez, sem vergonha, por que não há o que temer. Pode ser que tudo isso não passa de um trauma, toda essa dificuldade para amar ou simplesmente para demonstrar esse sentimento, oque demoraria no máximo três segundos. Mas é só amor. Talvez eu tenha medo por não ser algo recíproco, eu sei que não é, mas um dia eu acreditei que quase foi, e me perdi naquelas palavras delicadas que me trouxeram um dos momentos únicos, de felicidade. Mas é só amor. Talvez eu apenas não queira perder meu valor, mas o que isso tem haver? A verdade é que eu não sei de nada; se isso não fosse amor passaria rápido, eu resistiria, eu negaria toda a chance que eu tivesse de um beijo, um carinho, eu iria pra bem longe mesmo com um pedaço de dor. O que me deixa nervosa é o tempo. Já fazem vários meses que eu tento fazer com que passe rápido, tento não lembrar e de fato eu esqueço as vezes - mas nunca por um dia inteiro - , as horas passam mas parece que isso não muda nada, nunca muda, nunca. Agradeço por ter tanta paciência, por que eu tenho, mesmo que as vezes eu tranque a porta do meu quarto e chore pra caralho e desesperadamente, eu tenho paciência! Entender, ah, como eu queria. Não tem uma definição correta e completa, é bonito, traz o limite da felicidade e o limite da dor. Não parece louco? Mas é só amor. E o amor é louco. Talvez eu não ame, talvez eu ame, há uma possibilidade...perdida. Que diferença vai fazer pra mim, amar ou não amar? Poxa, é só amor! Mas não é só amor, é tudo aquilo que quem ama sabe. Ou acha que ama. Estou começando a me sentir desconfortável. É só mudar de 'solidão' para 'amor/quase amor' que muda meu modo de explicar. Pronto, agora todos sabem: muitas lágrimas saem dos meus olhos que pra maioria das pessoas parece ser eternamente seco. E eu quase disse que amo! Mas eu não sei, eu não sei, de verdade, não questione. Só sei que se não for amor, é algo parecido. Também inexplicável,como o amor. Amor, amor, amor... eu acho que eu morro de medo de amar.


Rafaela Schmitt.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Solidão,dor. Costume,conforto.

Unicamente feita parar chorar de felicidade e sorrir toda vez que está triste, ela cresce de vez em quando sempre tentando não sonhar tanto, manter a realidade e sua ideia em pé; tudo acaba, tudo morre, não há motivo pelo qual vivemos. O fato dela esquecer tão facilmente de como é ter um sorriso roubado - o único perfeito - de quem mais gostamos de passar o tempo, a faz familiarizar-se com a solidão, acreditando que não há ninguém no mundo inteiro que vá a conhecer um dia como ela se conhece, pois nem mesmo ela tem pleno conhecimento sobre si. E se ela for insegura, incerta, viver em cima do muro, só o que a faz tranquilizar-se é o fato de que existe UMA pessoa que tem o direito de reclamar e interferir no seu processo de mudanças e auto-conhecimento: apenas ela mesma. Quem sabe o básico a partir da convivência sobre seu modo de agir, afirma com clareza que não há julgamento feito que seja considerado pois se tem algo que ela odeia é que a julguem sem conhecê-la. Tem vontade de acreditar em todo tipo de sonho, mesmo que fosse cair de muito alto mais tarde, não se importaria, contanto que pudesse sobrevoar todas as águas existentes no mundo, encontrar diversos cantos secretos no meio de cada fantasia, e não esquecesse da sensação que ao menos assemelha-se a paz; não necessariamente ela.
Nascida a não tanto tempo, tem uma vida com pouquissimas mágoas e está certa - ou prefere acreditar - de que ainda não pode ter certeza de absolutamente nada do mundo. Mas tem medo de mudar, cair na tentação de ideias duras e fatais, por ser realista e de tanto ser assim acostumar-se com o pessimismo. Sabe o que quer fazer mas não é algo de se orgulhar (porém também não de se decepcionar); não há aquele objetivo que vá requerir a persistência que tantos afirmam ter de passar para realizar seus sonhos. As dúvidas levam-se pela carona em seus sapatos, ela não sabe se prefere o gelo pelo prazer frio e racional ou o fogo, pela insanidade e o coração batendo com uma constante aceleração. E como, como deseja aprender alguns truques e segredos sobre manipulação emocional.
Incapaz de se alimentar de um sentimento bom por muito tempo, alguém sempre chega tomando esse espaço que deveria ser seu, sugando sua tão idealizada felicidade. Mas ela não age como deveria (talvez) pois não enxerga erros, prefere inibir decepções, achar que está tudo bem toda vez que alguma palavra mal-dita belisca seu coração levemente. Se acha forte e esperta por muitas vezes mas basta olhar pra vida e pros olhos daquela com quem divide uma casa e percebe que não vai ser fácil. É de uma ingenuidade extrema mas complexa, não se diz, não se explica, não se destaca interiormente. Seria estranho dizer que ela chora? Espera, é só uma suposição, afinal, que motivos tão fortes ela teria pra isso? E seria dificil acreditar que ela mente de vez em quando? Bom, mas isso é verdade, eu posso dizer. Só que as vezes ninguém sabe. Não é maldade, é preocupação. Quem aqui não mente? Mas não use isso como refúgio quando a mentira é capaz de mudar alguma vida.
Pudesse ela não ter limites, não ter vergonha, não ter comprometimento com ninguém, ter seu pensamento fixado na sua felicidade e se comportar do modo como realmente ela sente ser, mas tudo tem de ser aprovado e bla bla blá. Soubesse ela quem pode a fazer feliz durante uma vida inteira sem se cansar, com quem deve contar, pra quem vale a pena se entregar. Quisesse ela se acostumar com as ruas do jeito que são, largar de mão a irresponsabilidade, amar o compromisso. Tivesse ela uma ótima memória, uma concentração admirável e dom de dominar suas emoções ( e isso existe?). Vivesse ela por tudo que não pudesse matá-la e morresse por tudo que a fizesse viver. Mas como queria morrer de amores por sí mesma sem ter prometido nada a ninguém, sem nunca saber o que é morrer de dor. Mas ela hoje, tão cedo, já entende, no mínimo o começo da vida de quem vive morrendo de dor.

Rafaela Schmitt

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Acender a luz.

Não faço idéia de por onde recomeçar, ou como sair do escuro esse que por vezes me traz um medo e uma ansiedade, me deixa angustiada e com uma sensação de autoinutilidade, "quem afinal precisa de alguém assim?" Estive segurando esse crescente peso até o ponto em que consegui mas chega uma hora ou outra que se transforma em um tipo de bomba que age somente dentro da gente, não existe como deter ou impedir a explosão de sentimentos que acontece. Não é querer perder o que eu tenho ao meu alcance, não é sofrer por nada, não é bobagem, é uma dor que consome por inteiro. E pode ser que a qualquer momento isso venha a tona mesmo quando eu não estiver sozinha e isso eu não quero, por que quem tá aqui não entende. E quem entende não está aqui. É totalmente clichê o que eu vou dizer, mas a verdade é que eu sinto uma constante vontade de fugir daqui e ir pra um lugar onde ninguém me conheça, esquecer de toda a minha vida e sentir alguma coisa nova que não seja essa confusão que vive presente na minha cabeça. Tantas vezes eu quis sumir mas no final acabo sempre me esforçando pra lembrar que isso nunca vale a pena, e que é um pensamento extremamente egoísta por que sim, eu tenho uma vida, e tenho pessoas nela. Ou são somente as pessoas que tem à mim? O que faz eu me sentir uma má pessoa é que eu sempre esqueço que tudo que eu tenho devia me fazer feliz, ao contrário de todo esse caos. É quando a paciência acaba, quando eu canso de ser forte, quando eu não vejo sentido nenhum em continuar sorrindo pra todos como se eu fosse a pessoa mais feliz do mundo. A verdade é que meu humor não tem graça, muda do nada e me faz confudir cada vez mais. Talvez seja a solidão que me segue indiretamente. E nada do que falam vai mudar essa visão, e não adianta tentar por que eu já percebi que piora. Se alguém vai agir esse alguém sou eu por que uma hora isso tem de mudar, e o medo do escuro vai passar, eu tenho certeza. Isso aqui pode ser grande e obscuro, só que não é me acostumando que eu quero que o medo passe, e sim encontrando finalmente o lugar onde acender a luz. E eu quero fazer tudo isso sozinha, por que não há culpa a ser colocada em algo ou alguém, eu estou aqui pra persistir até a dor morrer, e ela é de minha total responsabilidade. Concentra, concentra. Nunca fui de querer dar trabalho, imagina tanto assim? Obrigada, mas a sua ajuda não vai me ajudar em nada.


Faz de conta que eu tirei de algum lugar.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Don't wanna laugh, hurt my feelings.
But that's the path, I believe in.


Better in time, Leona ,Lewis.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Depois de tudo o que eu já quis e que na verdade não tinha importância, eu me satisfaço hoje com qualquer coisa que me deixe com a sensação de que não me falta nada. Mas, não consigo sentir assim... e isso já faz um tempo.

Rafaela Schmitt