Luis amava Renata que amava João que não amava ninguém.
Renata coitada! Nunca se arrependeu tanto de ter amado João pois João não amava e Luis a amava.
Todo mundo sabia do amor de todos. Luis com certeza iria até o fim do mundo buscar um sorriso pra por na cara da Renata quando ela chorava por que João não a amava. Só que na verdade a Renata nunca deixou Luis sair dali. Ninguém talvez entenda mas Renata se afastou de Luis por medo de machucá-lo ainda mais... mal sabia ela que o estrago já havia sido feito! Luis fugiu há tempo depois de tanto se decepcionar com as atitudes de Renata e logo em seguida amou Dalila. Não se tem absoluta certeza de que amou, mas é o que falam. Renata continuou amando João mesmo insegura por não ter mais Luis pra protegê-la. Chorou tanto sozinha. Renata coitada! O tempo passou e Luis amou mesmo Dalila, uma coisa louca, uma coisa inesperada. Principalmente por Renata. Várias vezes era Luis quem aparecia nos pensamentos de Renata e não João. João só pensava em si mesmo, a pessoa mais complicada já vista no mundo. Renata esqueceu um pouco do João e esqueceu um pouco de Luis, no entanto, não estava sozinha. Renata conseguiu o que queria por um tempo mas João voltou com os mesmos planos velhos. Renata coitada! Chorou de novo. Certo dia, extremamente de mal com a vida, Renata disse adeus ao João que dizia adeus fazia tempo, e seu coração doeu realmente pela primeira vez, por Luis ter ido embora. Renata estava prestes a largar o mundo e finalmente acabar com a vida, decidida, pediu um ultimo consolo à Luis que amava Dalila. Renata se arrependeu de tantas vezes ter decepcionado Luis que de verdade se importava. Renata se arrependeu de nunca ter levado a sério os conselhos de sua mãe que dizia "ame-o de volta". Renata se arrependeu de ter deixado Luis ir embora pra sempre. Pra sempre? Renata chorou e fez chorar, mereceu a dor que lhe foi destinada. Luis feliz, João sem emoção, Renata coitada!
Perdi meus sapatos e nunca mais os encontrei. Naquele dia que fui visitar meu pai e subi a rua da casa dele com os pés descalços, segurei os sapatos pelas mãos, sem medo que caíssem, alguém roubasse, viesse um vento que os derrubassem, mas acho que tropecei. Eu andava tão distraída com a minha própria sombra que não percebi. Aqueles sapatos minha mãe me deu no mesmo dia em que morreu no acidente de moto, 4 meses antes, e eu não gostava muito. Cheguei de volta na casa do pai, cadê meus sapatos??? Me autoindaguei. Perdi na rua, voltei pra procurar, não encontrei. Nenhum canto, nenhuma rua, nenhum pátio, atrás das árvores. Caminhei descalça mais uma vez, engraçado, nem lembrava da minha sombra, eu pensava nos sapatos. Fiquei triste. E agora todo o lugar que eu vou, procuro por eles. Se os encontrasse, com certeza os penduraria no teto do meu quarto! E quem vai negar que meus sapatos são você?