segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Luis Renata João

Luis amava Renata que amava João que não amava ninguém.
Renata coitada! Nunca se arrependeu tanto de ter amado João pois João não amava e Luis a amava.
Todo mundo sabia do amor de todos. Luis com certeza iria até o fim do mundo buscar um sorriso pra por na cara da Renata quando ela chorava por que João não a amava. Só que na verdade a Renata nunca deixou Luis sair dali. Ninguém talvez entenda mas Renata se afastou de Luis por medo de machucá-lo ainda mais... mal sabia ela que o estrago já havia sido feito!  Luis fugiu há tempo depois de tanto se decepcionar com as atitudes de Renata e logo em seguida amou Dalila. Não se tem absoluta certeza de que amou, mas é o que falam. Renata continuou amando João mesmo insegura por não ter mais Luis pra protegê-la. Chorou tanto sozinha. Renata coitada! O tempo passou e Luis amou mesmo Dalila, uma coisa louca, uma coisa inesperada. Principalmente por Renata. Várias vezes era Luis quem aparecia nos pensamentos de Renata e não João. João só pensava em si mesmo, a pessoa mais complicada já vista no mundo. Renata esqueceu um pouco do João e esqueceu um pouco de Luis, no entanto, não estava sozinha. Renata conseguiu o que queria por um tempo mas João voltou com os mesmos planos velhos. Renata coitada! Chorou de novo. Certo dia, extremamente de mal com a vida, Renata disse adeus ao João que dizia adeus fazia tempo, e seu coração doeu realmente pela primeira vez, por Luis ter ido embora. Renata estava prestes a largar o mundo e finalmente acabar com a vida, decidida, pediu um ultimo consolo à Luis que amava Dalila. Renata se arrependeu de tantas vezes ter decepcionado Luis que de verdade se importava. Renata se arrependeu de nunca ter levado a sério os conselhos de sua mãe que dizia "ame-o de volta". Renata se arrependeu de ter deixado Luis ir embora pra sempre. Pra sempre? Renata chorou e fez chorar, mereceu a dor que lhe foi destinada. Luis feliz, João sem emoção, Renata coitada!

É que seus olhos são os mais doces que eu já vi

Um beijo na testa e um sorriso de felicidade me fez sentir especial, encontrei aconchego nos teus braços e te pedi que ficasse mas eu errei. Quis tanto te ver, todo o dia se eu pudesse... pedi-lhe um beijo apenas e tu me destes muito mais, ganhei carinho, e o encanto que tu me despertou o universo não pode negar. Tão pouco tempo pra uma vontade muito grande. Mais uma vez eu me atirei de cabeça, tu era um oceano sem fim que eu já imaginava que não seria fácil e que talvez nem chegasse a ser. E essa foi uma das únicas vezes que eu realmente tive vontade de amar alguém... A intensidade com que eu sinto quando sinto nunca foi algo insignificante, eu sempre tive medo, foram tantas coisas que perdi por esse meu defeito. Ou é tudo ou é nada. E contigo foi tudo, pelo que eu entendi, peço-te desculpas. Mas bem que tu podia vir agora mais uma vez me dizer olá, me abraçar bem forte como tu fazia antes, abrir um sorriso pra iluminar meus passos mais uma vez e me orientar nesse caminho que hoje me deixa tão tão perdida, tu vem se eu pedir? Porque veja bem meu bem, essa noite se tu me chama de teu amor eu fico do teu lado pra te contar que teus olhos são os mais doces que eu já vi. E são sim...

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

E você que não está aqui

Olhei pra trás, olhei pra frente, fiquei surpresa, não vi ninguém.
Eu diria que cairam lágrimas de sangue,
sou exagerada.
Passei um tempo pensando, querendo.
Não sei oque, continuei tremendo.
Tinha ido embora, coração frio, tudo perdido, caminho desviado.
Uma rosa secou há muito tempo no meu armário, mas eu a guardei.
Pois não queria perdê-la, é verdade... mas a rosa sumiu. Já não sei.
Suspiros meus, perdões, a indifirença é sempre sua.
Mas eu olhei pra sua foto e eu disse: não havia mais nada, nem haverá.
E eu disse: não precisa mais cantar pra mim, nem risos me tirar.
Sozinha nasci, sozinha cresci, sozinha estou e continuarei.
Minha vez de nunca mais olhar pra trás.  Sem flores e mais canções de amor.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Desde e até agora

Eu lembro do primeiro dia: tanto faz, olás, olhares indiferentes, e depois curiosidade. Já faz um bom tempo, e lembro bem.
Alguém falou "amor da tua vida"? Ah, entendi errado. Conheci uma pessoa naquele dia que eu lembro. Uma pessoa que agora eu gostaria de ser: ele tem tudo que eu queria ter: atenção de todos os lados. Acho que é por isso que tenho certeza que ele nunca vai entender todos os meus medos e todas as minhas dores. Eu sou só mais uma pessoa disposta a dar atenção e tudo que precisar. Portanto, não sou ninguém.
Contei que tenho vergonha de ser quem ando sendo, contei que não aguento mais, depois contei nos dedos quantas chances haviam dele ter escutado de verdade o que eu realmente falei. Sombraram-me 10 dedos. Me abraçou e quando me abraçou eu quis até acreditar em Deus e milagres pra implorar que ele não me tirasse mais dali, que me fizesse de morada a vida inteira.


Lembra-se dos nossos dias bonitos? Dos dias de sol e dias de chuva? Dos dias quentes e mais ainda dos dias frios? Dos tapas e dos abraços? Do "amor" e do sexo? Agora, lembre. É bom lembrar?


 Antes eu até pensava que tínhamos uma conexão sem igual, que não se vê por aí, e que isso fazia cada lágrima e cada riso valer a pena. Mas ele é tão infeliz, que consegue isso com quem ele quiser, todo mundo se adapta à seus modos, eu acho. Também, com esse jeito  de fazer os outros rirem (mesmo com alguns problemas, tem um humor que particularmente me agrada muito).
O problema nunca vai ser a parte de conseguir esquecer... mas a parte de não querer. Eu não quero, eu não vou, não me obriguem! Apelidos engraçados, beijo no nariz, abraço de amassar latinha, pretérito imperfeito...... andou pra bem longe daqui.
Não vou negar que não me conformo, não vou negar que dói sorrir de mentira, não vou negar que é difícil manter os olhos secos, não vou negar. Mas quem sabe um dia eu possa aprender a fingir melhor ainda e dizer que mais nada disso eu vou negar... Não posso prever o tempo que eu continuarei de pé, por quanto tempo meus braços estarão abertos, quanto tempo mais de amor eu tenho, mas na história que fica e nas memórias que eu guardo, vai ter ele e amor pra sempre.




segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Carta à ninguém

Desde que nasci eu não entendo por que nasci.
O sol não me traz oque deveria, eu não consigo se quer me mover diante dele, talvez eu nunca tenha realmente tentado o contemplar. Na escuridão eu me encontro e me perco me encontro e me perco a cada segundo. Pra onde eu vou?
Ria por mim, peço-lhe por favor, ria por mim, hoje, amanhã, daqui três anos, continue rindo por mim... estampe seu riso no meu túmulo quando eu for, eu preciso que todos entendam por que é tão difícil sem isso, porque a mágica dentro dele me fez ir embora, pois não o tenho.
A vida é cínica, irônica, patética.. a vida é malandra! Enquanto há tempo, fuja. Meus passos seguem uma direção desconhecida, e mesmo assim eu conheço o objetivo, conheço o final dessa estrada... e todos conhecemos, porém vocês não querem enxergar, querem perder tempo, procurando, chorando, pedindo, implorando à deus, deus?
Conheci poucas coisas, eu sei, "tenho muito a viver", tenho sonhos pra realizar, você diria, mas onde estão eles? Sei de toda essa história, de cada canto que a vida esconde, eu sei, talvez pareça que não, talvez eu precise de um tempo longe daqui. Um tempo sem fim...
Me desculpem, a todos que sentirem-se mal. Não se sintam, a culpa é toda minha que não sei amar, não sei lidar com tanta gente louca que tem no mundo, tanta crueldade e tanta dor que eu vejo em cada esquina, tanta injustiça, preconceito, a culpa é minha de não me adaptar e não compreender a humanidade. Acho até que demorei demais, afinal.
Olhos inchados, dor de cabeça, é verdade, pra onde vou, que solidão!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Morreremos jovens

Mas qual é o problema?
Vejo o mundo girar, e gira ao meu redor. De quem é esse mundo?
Sentem-se aqui, comigo, levaremos esse barco para o mesmo lado.
Deixem as gotas encontrarem nossas gargantas, vocês sentem? É a vida pedindo permissão pra ser vivida... o tempo não pára!
Eles não entendem, e são tantos deles... mas a lei qual é? Se vocês não souberem... goodbye! "Tô nem aí", diremos! Riremos, gritaremos, beijaremos, abraçaremos, choraremos, e todas nossas emoções serão postas pra fora. Verde, azul, amarelo, rosa, vermelho, transparente, todas as cores são bem-vindas...
Nos finais de tarde, nas madrugadas de sábado, nós estaremos lá, e você?
Diremos adeus ao mundo muito jovens! Seremos jovens, e contaremos à todos...

sábado, 10 de novembro de 2012

Rabisco I

Sempre tinha tanto pra falar, o silêncio fazia o coração estalar, doía de pensar. E chorava. O tempo levou a tempestade pro lado de lá... mas também levou junto toda a luz do sol! E agora é tudo sem cor, o silêncio já não incomoda, não chora, só ri pra disfarçar... e coração nem pensar.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

História de Julieta.



Julieta tinha 11 anos.
Julieta! Volta! Não sei onde ela se escondeu, olha atrás das cortinas (comprei aquelas cortinas há mais de dois anos, no dia 2 de novembro de 2005 pra ser mais exata, eu lembro pois era feriado e eu as comprei na volta pra casa do cemitério, onde fui visitar o túmulo da minha mãe, as cortinas eram estampadas com flores azuis e amarelas, eu gostava dessas coisas coloridas) ela deve estar por aí, debaixo do sofá, não, ela não cabe...
Julieta! Onde se meteu, criatura? Tu tem que vir, venha! A pulsação do meu coração deixava clara a minha preocupação, eu a cuidava, minha irmã. Nunca tinha sumido assim, e as cortinas vibravam com o vento na janela, olhando pra fora eu enxerguei as nuvens esconderem a luz do sol, "cadê essa menina?"

Julieta tinha 13 anos e já morria. Suspeitava de todo mundo e sempre se escondia. Não gostava do mundo e não gostava das vozes que ouvia. Todas as noites no escuro ela silenciava mas nunca dormia. Por isso sumia assim, ia pro bosque, se sentia mais segura por lá, amarrava-se na solidão e caia no sono durante o dia. Lia livros de madrugada, se questionava a cada frase, por que ele pensa assim, por que isso e por que aquilo, se olhava no espelho sem sorrir, as vezes passava horas olhando pela janela o luar, as estrelas e como sempre, se perguntava "por que não estou lá? o que mais há que eu não vejo?" e penteava o cabelo quando não tinha mais nada a fazer. Julieta tinha 13 anos como já disse, mas é uma história pra ser contada. Pois vivia em si, mesmo não conhecendo o mundo todo, seja intuição ou oque, ela sabia, que onde vivia não era nenhum paraíso, e também já não conseguia sorrir direito. Antes de rir ou sorrir ela sempre pensava duas vezes, na primeira era sobre as lágrimas de que ouvia falar na televisão, da realidade. Na segunda já não pensava...

Julieta!
Com apenas 15 anos, não suportou as dores dos outros e tanto desgosto. Amou a vida e talvez tivesse até começado a gostar também do mundo, mas ninguém quis deixá-la sobreviver. Julieta era racional e sentimentalista. Julieta era um ser humano de verdade. Por isso na data das cortinas coloridas, no dia 2 de novembro de 2011, ela morreu.

Desde então não se viu mais um olhar tão triste e bonito... e todos lamentaram.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Meus sapatos ou você