sábado, 25 de fevereiro de 2012

Curvas

Tinha um medo que quase queimava por dentro. Por quanta coisa já tinha passado, quanta dor havia sofrido, quantas confiança jogada fora? Ela sabia... e não queria mais lembrar. Ela resistiu por bastante tempo, e começou a aprender. E as vezes, felizmente, a vida nos traz um sorriso diferente pra relaxar, um sorriso que manda tanta coisa embora, que te deixa com vontade de sorrir de volta. Por... simplesmente sorrir de volta. Ela alegrou-se cada vez mais, queria sempre continuar mas o medo a tomava inteira, tantas daquelas coisas ruins, medo de decepcionar, medo das incertezas... mas ela queria, com tanta força ela queria. Dar um passo a diante, dar mais um sorriso, receber mais dois, um carinho, um consolo. Queria aquele sorriso que era tão fora de comum, o sorriso que sem querer já se tornava parte da alegria. Mas e o medo de querer... os mesmos de sempre. Pular? de cabeça? mas como? a cabeça ia e via e onde estão as respostas, ela não sabe. Mas tentar vem sendo uma tentação, e não sabe oque fazer...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ciclo clichê

Então eu fui embora. E cada dia parecia uma semana. Eu acordava com medo e dormia angustiada. E todos os dias eram os mesmos dias. Nada mudava, exceto a falta que eu sentia. Mas eu tinha decidido ir embora e pela primeira vez o meu princípio era seguir em frente. Então eu deixei. Deixei que me levassem... me permiti tentar me manter afastada dos pensamentos de sempre. Tentei agir de forma diferente. Tentei ser outra pessoa. Mas eu fui embora e por mais que as coisas tivessem melhorando, quanto mais saudade eu sentia mais fora de mim eu ficava. E quanto mais fora de mim eu ficava mais eu me sentia perdida. E quanto mais eu me sentia perdida mais eu sentia saudade... e isso não acabava. Os dias duravam uma semana, e a melhor parte da semana eram as noites. Como eu gostava daquelas noites! Desde a hora que eu dormia até cinco segundos antes de eu acordar. E dormia, dormia. E mesmo com tanto esforço, eu segui em frente. Eu fiquei lá, as vezes sozinha, as vezes não. Eu pensava, eu tentava, eu vivia. Mas eu precisava sempre dar um passo muito difícil pra continuar, e eu dava, e ficava cada vez mais difícil. Então eu perdi a cabeça e comecei a me refugiar da realidade em que eu me encontrava. Congelei toda lembrança que eu tinha, guardei toda a insegurança, me enchi de estupidez pra ser uma pessoa que não existia. Me fechei de todas as formas e quis mostrar que as coisas também podem ser do jeito que eu quero. Só que ninguém nunca tinha me contado que quando a gente não tranca alguma porta direito, ela pode se abrir sem que a gente perceba. E aí a mesma história começa outra vez, e da mesma forma, provavelmente, acabaremos perdidos. Meus parabéns, pois quem venceu não foi eu.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Nada parece difícil. Mas é tudo tão mais difícil do que fácil: Aceitar, querer, aprender, fazer, viver. Palavras são ditas, conselhos ouvidos, e o que me resta ao final de tudo não passa de incompreensão. Onde está o correto? Onde é o lugar certo? Eles falam como se tivessem uma sabedoria inexplicável, mas nenhum deles saberia responder às minhas dúvidas.