quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

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Uma máscara que eu nunca perdi... Faz tanto tempo que a escuridão e solidão da noite revela que meu riso do dia não fez sentido, há meses eu venho tentando mostrar que eu sou mais do que eu sempre pensei que fosse... talvez eu até seja, além do que eu escrevo aqui ou ali, das lágrimas que derramo sobre fotos e cartas, dos abraços pelos quais suplico mentalmente quando ninguém me vê, da vergonha que sinto de mim por pensar que sou tão fraca, da fantasia que me vêm em pensamento de trazer todos aqueles que já foram e não querem mais voltar. Acordo cedo então e me preparo pro primeiro dia do resto da minha vida: vou ser diferente. Mas nunca foi, nunca vai ser.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Quero ver se acerto

 A quietude sempre me fez parecer rude, inibiu todo o encanto que quis te mostrar. Uma noite vazia em que acabo de me encontrar no meio de tudo que se perdeu. Reviro minhas lembranças e revivo novamente o momento que conheci teus lábios doces, quando senti meu coração pulsar mais forte e recebi com todo o gosto tua ternura por mim, que mais tarde me desliguei.  Perdoe-me. Hoje nada aconteceu, têm sido em vão os meus planos ingênuos e fracos pra te ver e reconquistar tua vontade de ficar. Odeio romantismo alheio, não consigo suportar mais  tuas juras de amor pra alguém que não sou eu. Do nosso caminho tu desistiu, e eu que não estava lá quando tu estava, voltei pra cá pra te esperar. E vou estar em todas as esquinas no horário exato em que tu passar, não tenho mais o que temer. Fui cedo, é tarde, perdoe-me, volte, me encontra, me salve.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Te escondi tanta coisa que eu já senti. Quantas vezes afirmei com certeza e com um sorriso nos lábios que tudo estava bem quando na verdade eu me encontrava chorando por dentro, mas de qualquer forma, tu nunca acreditava quando eu "mentia". Tudo que eu quis foi te proteger. Do pior  jeito, infelizmente. Agora tô aqui, tão feliz por fora, mas queria que tu também estivesse aqui pra me perguntar se tá tudo bem, pra que eu pudesse te dizer que não, te abraçar e chorar no teu ombro, te dizer que mudaria toda a minha vida pra te fazer voltar, que os dias de silêncio e solidão cada vez pioram mais, te pedir pra ficar. E se tu ficasse, dessa vez eu juro que tu não duvidaria mais da minha alegria, do meu sorriso. Eu errei, e quero uma chance pra acertar, e te mostrar o melhor que eu tenho, porque tu foi a melhor pessoa que eu já encontrei.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

onde vou pra te ver?


tenho pavor do amor, e até canso de tanto falar
mas hoje eu queria te encontrar.
ando te procurando tanto,
até no vento que me atravessa
não quero que duvide mais assim,
faz muito que te perdi,
mas faz pouco que percebi.
a única vez que eu poderia ter sido feliz
tu me deixou ir embora... por que deixou?
todos os não's que te disse,
todas as vezes que não retribuí teu carinho,
quem sabe teu amor.
e todas as vezes que te fiz mal,
e nem fui capaz de te pedir desculpas,
e quando tu me ofereceu o teu melhor
 eu fui embora...
hoje pedi aos céus que me trouxesse teu perdão,
e me presenteasse de novo com teu coração.
eu não sei onde mais te buscar, pra te dizer
que eu tenho sido romântica pensando naqueles tempos
romântica como tu nunca viu, nem eu

Isso é pra te dizer que eu tenho saudade.
Isso é pra te dizer que admito: fiz tudo errado.
Isso é pra te dizer, afinal, que hoje eu te daria todo o espaço que tu quisesse na minha vida, e eu não deixaria mais tu sair daqui.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Luis Renata João

Luis amava Renata que amava João que não amava ninguém.
Renata coitada! Nunca se arrependeu tanto de ter amado João pois João não amava e Luis a amava.
Todo mundo sabia do amor de todos. Luis com certeza iria até o fim do mundo buscar um sorriso pra por na cara da Renata quando ela chorava por que João não a amava. Só que na verdade a Renata nunca deixou Luis sair dali. Ninguém talvez entenda mas Renata se afastou de Luis por medo de machucá-lo ainda mais... mal sabia ela que o estrago já havia sido feito!  Luis fugiu há tempo depois de tanto se decepcionar com as atitudes de Renata e logo em seguida amou Dalila. Não se tem absoluta certeza de que amou, mas é o que falam. Renata continuou amando João mesmo insegura por não ter mais Luis pra protegê-la. Chorou tanto sozinha. Renata coitada! O tempo passou e Luis amou mesmo Dalila, uma coisa louca, uma coisa inesperada. Principalmente por Renata. Várias vezes era Luis quem aparecia nos pensamentos de Renata e não João. João só pensava em si mesmo, a pessoa mais complicada já vista no mundo. Renata esqueceu um pouco do João e esqueceu um pouco de Luis, no entanto, não estava sozinha. Renata conseguiu o que queria por um tempo mas João voltou com os mesmos planos velhos. Renata coitada! Chorou de novo. Certo dia, extremamente de mal com a vida, Renata disse adeus ao João que dizia adeus fazia tempo, e seu coração doeu realmente pela primeira vez, por Luis ter ido embora. Renata estava prestes a largar o mundo e finalmente acabar com a vida, decidida, pediu um ultimo consolo à Luis que amava Dalila. Renata se arrependeu de tantas vezes ter decepcionado Luis que de verdade se importava. Renata se arrependeu de nunca ter levado a sério os conselhos de sua mãe que dizia "ame-o de volta". Renata se arrependeu de ter deixado Luis ir embora pra sempre. Pra sempre? Renata chorou e fez chorar, mereceu a dor que lhe foi destinada. Luis feliz, João sem emoção, Renata coitada!

É que seus olhos são os mais doces que eu já vi

Um beijo na testa e um sorriso de felicidade me fez sentir especial, encontrei aconchego nos teus braços e te pedi que ficasse mas eu errei. Quis tanto te ver, todo o dia se eu pudesse... pedi-lhe um beijo apenas e tu me destes muito mais, ganhei carinho, e o encanto que tu me despertou o universo não pode negar. Tão pouco tempo pra uma vontade muito grande. Mais uma vez eu me atirei de cabeça, tu era um oceano sem fim que eu já imaginava que não seria fácil e que talvez nem chegasse a ser. E essa foi uma das únicas vezes que eu realmente tive vontade de amar alguém... A intensidade com que eu sinto quando sinto nunca foi algo insignificante, eu sempre tive medo, foram tantas coisas que perdi por esse meu defeito. Ou é tudo ou é nada. E contigo foi tudo, pelo que eu entendi, peço-te desculpas. Mas bem que tu podia vir agora mais uma vez me dizer olá, me abraçar bem forte como tu fazia antes, abrir um sorriso pra iluminar meus passos mais uma vez e me orientar nesse caminho que hoje me deixa tão tão perdida, tu vem se eu pedir? Porque veja bem meu bem, essa noite se tu me chama de teu amor eu fico do teu lado pra te contar que teus olhos são os mais doces que eu já vi. E são sim...

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

E você que não está aqui

Olhei pra trás, olhei pra frente, fiquei surpresa, não vi ninguém.
Eu diria que cairam lágrimas de sangue,
sou exagerada.
Passei um tempo pensando, querendo.
Não sei oque, continuei tremendo.
Tinha ido embora, coração frio, tudo perdido, caminho desviado.
Uma rosa secou há muito tempo no meu armário, mas eu a guardei.
Pois não queria perdê-la, é verdade... mas a rosa sumiu. Já não sei.
Suspiros meus, perdões, a indifirença é sempre sua.
Mas eu olhei pra sua foto e eu disse: não havia mais nada, nem haverá.
E eu disse: não precisa mais cantar pra mim, nem risos me tirar.
Sozinha nasci, sozinha cresci, sozinha estou e continuarei.
Minha vez de nunca mais olhar pra trás.  Sem flores e mais canções de amor.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Desde e até agora

Eu lembro do primeiro dia: tanto faz, olás, olhares indiferentes, e depois curiosidade. Já faz um bom tempo, e lembro bem.
Alguém falou "amor da tua vida"? Ah, entendi errado. Conheci uma pessoa naquele dia que eu lembro. Uma pessoa que agora eu gostaria de ser: ele tem tudo que eu queria ter: atenção de todos os lados. Acho que é por isso que tenho certeza que ele nunca vai entender todos os meus medos e todas as minhas dores. Eu sou só mais uma pessoa disposta a dar atenção e tudo que precisar. Portanto, não sou ninguém.
Contei que tenho vergonha de ser quem ando sendo, contei que não aguento mais, depois contei nos dedos quantas chances haviam dele ter escutado de verdade o que eu realmente falei. Sombraram-me 10 dedos. Me abraçou e quando me abraçou eu quis até acreditar em Deus e milagres pra implorar que ele não me tirasse mais dali, que me fizesse de morada a vida inteira.


Lembra-se dos nossos dias bonitos? Dos dias de sol e dias de chuva? Dos dias quentes e mais ainda dos dias frios? Dos tapas e dos abraços? Do "amor" e do sexo? Agora, lembre. É bom lembrar?


 Antes eu até pensava que tínhamos uma conexão sem igual, que não se vê por aí, e que isso fazia cada lágrima e cada riso valer a pena. Mas ele é tão infeliz, que consegue isso com quem ele quiser, todo mundo se adapta à seus modos, eu acho. Também, com esse jeito  de fazer os outros rirem (mesmo com alguns problemas, tem um humor que particularmente me agrada muito).
O problema nunca vai ser a parte de conseguir esquecer... mas a parte de não querer. Eu não quero, eu não vou, não me obriguem! Apelidos engraçados, beijo no nariz, abraço de amassar latinha, pretérito imperfeito...... andou pra bem longe daqui.
Não vou negar que não me conformo, não vou negar que dói sorrir de mentira, não vou negar que é difícil manter os olhos secos, não vou negar. Mas quem sabe um dia eu possa aprender a fingir melhor ainda e dizer que mais nada disso eu vou negar... Não posso prever o tempo que eu continuarei de pé, por quanto tempo meus braços estarão abertos, quanto tempo mais de amor eu tenho, mas na história que fica e nas memórias que eu guardo, vai ter ele e amor pra sempre.




segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Carta à ninguém

Desde que nasci eu não entendo por que nasci.
O sol não me traz oque deveria, eu não consigo se quer me mover diante dele, talvez eu nunca tenha realmente tentado o contemplar. Na escuridão eu me encontro e me perco me encontro e me perco a cada segundo. Pra onde eu vou?
Ria por mim, peço-lhe por favor, ria por mim, hoje, amanhã, daqui três anos, continue rindo por mim... estampe seu riso no meu túmulo quando eu for, eu preciso que todos entendam por que é tão difícil sem isso, porque a mágica dentro dele me fez ir embora, pois não o tenho.
A vida é cínica, irônica, patética.. a vida é malandra! Enquanto há tempo, fuja. Meus passos seguem uma direção desconhecida, e mesmo assim eu conheço o objetivo, conheço o final dessa estrada... e todos conhecemos, porém vocês não querem enxergar, querem perder tempo, procurando, chorando, pedindo, implorando à deus, deus?
Conheci poucas coisas, eu sei, "tenho muito a viver", tenho sonhos pra realizar, você diria, mas onde estão eles? Sei de toda essa história, de cada canto que a vida esconde, eu sei, talvez pareça que não, talvez eu precise de um tempo longe daqui. Um tempo sem fim...
Me desculpem, a todos que sentirem-se mal. Não se sintam, a culpa é toda minha que não sei amar, não sei lidar com tanta gente louca que tem no mundo, tanta crueldade e tanta dor que eu vejo em cada esquina, tanta injustiça, preconceito, a culpa é minha de não me adaptar e não compreender a humanidade. Acho até que demorei demais, afinal.
Olhos inchados, dor de cabeça, é verdade, pra onde vou, que solidão!

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Morreremos jovens

Mas qual é o problema?
Vejo o mundo girar, e gira ao meu redor. De quem é esse mundo?
Sentem-se aqui, comigo, levaremos esse barco para o mesmo lado.
Deixem as gotas encontrarem nossas gargantas, vocês sentem? É a vida pedindo permissão pra ser vivida... o tempo não pára!
Eles não entendem, e são tantos deles... mas a lei qual é? Se vocês não souberem... goodbye! "Tô nem aí", diremos! Riremos, gritaremos, beijaremos, abraçaremos, choraremos, e todas nossas emoções serão postas pra fora. Verde, azul, amarelo, rosa, vermelho, transparente, todas as cores são bem-vindas...
Nos finais de tarde, nas madrugadas de sábado, nós estaremos lá, e você?
Diremos adeus ao mundo muito jovens! Seremos jovens, e contaremos à todos...

sábado, 10 de novembro de 2012

Rabisco I

Sempre tinha tanto pra falar, o silêncio fazia o coração estalar, doía de pensar. E chorava. O tempo levou a tempestade pro lado de lá... mas também levou junto toda a luz do sol! E agora é tudo sem cor, o silêncio já não incomoda, não chora, só ri pra disfarçar... e coração nem pensar.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

História de Julieta.



Julieta tinha 11 anos.
Julieta! Volta! Não sei onde ela se escondeu, olha atrás das cortinas (comprei aquelas cortinas há mais de dois anos, no dia 2 de novembro de 2005 pra ser mais exata, eu lembro pois era feriado e eu as comprei na volta pra casa do cemitério, onde fui visitar o túmulo da minha mãe, as cortinas eram estampadas com flores azuis e amarelas, eu gostava dessas coisas coloridas) ela deve estar por aí, debaixo do sofá, não, ela não cabe...
Julieta! Onde se meteu, criatura? Tu tem que vir, venha! A pulsação do meu coração deixava clara a minha preocupação, eu a cuidava, minha irmã. Nunca tinha sumido assim, e as cortinas vibravam com o vento na janela, olhando pra fora eu enxerguei as nuvens esconderem a luz do sol, "cadê essa menina?"

Julieta tinha 13 anos e já morria. Suspeitava de todo mundo e sempre se escondia. Não gostava do mundo e não gostava das vozes que ouvia. Todas as noites no escuro ela silenciava mas nunca dormia. Por isso sumia assim, ia pro bosque, se sentia mais segura por lá, amarrava-se na solidão e caia no sono durante o dia. Lia livros de madrugada, se questionava a cada frase, por que ele pensa assim, por que isso e por que aquilo, se olhava no espelho sem sorrir, as vezes passava horas olhando pela janela o luar, as estrelas e como sempre, se perguntava "por que não estou lá? o que mais há que eu não vejo?" e penteava o cabelo quando não tinha mais nada a fazer. Julieta tinha 13 anos como já disse, mas é uma história pra ser contada. Pois vivia em si, mesmo não conhecendo o mundo todo, seja intuição ou oque, ela sabia, que onde vivia não era nenhum paraíso, e também já não conseguia sorrir direito. Antes de rir ou sorrir ela sempre pensava duas vezes, na primeira era sobre as lágrimas de que ouvia falar na televisão, da realidade. Na segunda já não pensava...

Julieta!
Com apenas 15 anos, não suportou as dores dos outros e tanto desgosto. Amou a vida e talvez tivesse até começado a gostar também do mundo, mas ninguém quis deixá-la sobreviver. Julieta era racional e sentimentalista. Julieta era um ser humano de verdade. Por isso na data das cortinas coloridas, no dia 2 de novembro de 2011, ela morreu.

Desde então não se viu mais um olhar tão triste e bonito... e todos lamentaram.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Meus sapatos ou você


domingo, 28 de outubro de 2012

concreto, utópico, melancólico.

DOCE, DOCE, DOCE, que cheiro de glória, conquista, sorriso, felicidade, que dá saudade! olhei naqueles olhos depois daquele cheiro que senti e implorei por um abraço que nunca acabasse, que me deixasse e me prendesse ali pra sempre pra que eu não fosse mais obrigada a sentir e ver coisas que eu não suporto mais ter ao meu redor, no meu mundo. NÃO! ela não quis, jamais a perdoarei. menina louca, desvairada, menina doce, confusa, desculpa! estar ali, do lado dela, eu não tinha pra onde ir e quis pôr meu olhar sobre os olhos dela e descansar, um travesseiro pra ajudar... mas tanto tempo e eu tentei eu tentei juro que tentei e quis continuar tentando mais e mais mesmo que cada segundo passasse tão rápido e tão devagar ao mesmo tempo porque eu sabia, era cedo, mas ela brilhava no escuro, gritava no silêncio, me chamava nos meus sonhos, sorria abaixo de lágrimas, "não fica triste! não fica triste!" olha que dia, dia lindo, amanhecer sagrado, belo, amargo, porém estamos aqui, estou do teu lado, "não fica triste!" ah, que desgraça. Também já não sabia mais de nada, céu, mar, floresta, tempo, nem sabia de mim... há dias não escutei meus batimentos cardíacos, é o fim, amores perdidos, uma estrada novamente vazia, um escudo terrível que eu almejei e desejei com tanta força e agora eu tenho implorado pra que fosse embora, mas não vai, não vai, só vem e fica, minha amiga. escutei tantas mentiras por aí, falaram de ti, falaram de mim, falaram das asas das pombas que não conseguiam mais voar, e também falaram que as árvores já não ouvem, já não vêem, já não sentem, que absurdo! mas ainda está por vir, a verdade dos teus lábios, ou uma ilusão qualquer, como meu sorriso no espelho. cura esse frio de solidão, já não entendo mais nada, e nem quero entender, quero trazer de volta a inocência, quero voltar pro início, insistir nessa coisa qualquer que chamam de vida, ser menos lúcida pra poder viver em paz! deita no meu colo agora, meu bem, vou cheirar teus cabelos macios e afagá-los com minhas mãos doloridas pra aconchegar-te, vou soprar no teu rosto pra te mostrar que é tudo assim, tão leve, se você quiser... o vento, o vento não precisa ser forte, as pedras não precisam ser impactantes, as ondas não precisam ser cruéis, basta estar perto, e ver com olhos diferentes na mesma direção. dentro de mim, vem, meu bem... "Meu amor", minha menina, eu ainda não conheço-te, mas é difícil sem você, todo o tempo, sempre difícil sentir teu cheiro no meu sonho e acordar sem te ver, deixe seu olhar triste pra lá, pois já não aguento mais me perder dentro dele ao te encontrar. ao menos tente, a luz no fim da rua, do túnel, como quiser, te ajudo a encontrar, esquece logo as fotos rasgadas, as dores passadas, as páginas riscadas, vamos brincar. acordei agora pensando no meu caminho que vem direcionado ao teu, também já não sei onde encontrar, mas você  vai saber quando precisar, enquanto isso o sol nasce e morre, nasce e morre todos os dias, entretanto já não importa pois é sempre o mesmo, nós sabemos, desde que a escuridão não se contentou com as noites e invadiu nossos dias. mas não tenha medo de escutar o que não quer, de encostar teus lábios nos meus, não se sinta mal pois não espero mais nada, só quero seguir tranquila que não seja muito longe de você, não se esquive, por favor, sem promessas, sem obrigações, sem deveres, só quero te proteger mais um pouquinho e na hora certa te mostrar como é lindo o sol que vai nascer na tua janela ao acordar quando você deixar, e vou lembrar-te que o mundo é todo seu, nosso, e que todas as esquinas vão nos mostrar nossa liberdade, e nos deixar a beira da felicidade!  Menina, da última vez por hoje, esse lado tá querendo teus cuidados...

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

ritual

Mas a guria tinha um trauma, pra falar bem a verdade. Quando começava a sentir saudade, ela fugia. Mas dessa vez tentou fazer diferente. Foi dando alguns pequenos passos adiante, com muito esforço, mas foi. Sentiu saudade, sentiu vontade... de abraçar, de ver, de beijar, de querer. Mas não conseguia mais entrar naquela brincadeira de ilusão. E por isso, não suportou. Era o início da vida-de-merda que ela já conhecia, de gostar, de amar, de pensar na outra pessoa quase o dia todo, de querer estar perto e cuidar, de doer à cada sinal de indiferença, de chorar. Que pavor que sentiu aquela guria!  Quis ficar, quis ficar, quis ficar, mas saiu correndo de tanta pressão. Não sei se foi coragem ou covardia...
    Mas eu queria ser corajosa ou covarde como ela.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Um medo necessário

Devo admitir, possuo muitos medos (assim como qualquer pessoa racional). Não sinto facilidade em me adaptar à eles, mas é preciso saber lidar. Hoje, diante de uma situação, me deparei com um medo que há certo tempo não me lembrava: o medo de perder o meu habitual olhar sobre as coisas da vida. Me dá calafrios quando penso na possibilidade de me tornar como eles. Aprender a cultivar pensamentos egoístas, esquecer que o mundo que eu desejo pertencer vale mais do que qualquer quantidade de dinheiro, assistir ao noticiário na TV e não sentir o coração se partir perante todas as tragédias e crueldades, aceitar a injustiça de braços cruzados e não me importar com qualquer coisa que não tenha a ver comigo. SE UM DIA EU ME TORNAR ALGUÉM ASSIM, POR FAVOR, ME TRAGA DE VOLTA AO MEU LAR. É a minha escolha.
Também não quero deixar pra trás a ideia de que uma pequena flor amarela que nasce em qualquer pedacinho de verde no canto na rua pode levar encanto pra quem quer viver um sonho.
Quantas pessoas hoje são felizes? E daqui trinta anos, alguém ainda vai saber como é ser feliz?

sábado, 13 de outubro de 2012

Que é pra eu lembrar.

Desde o primeiro dia a vontade de te cuidar reinava sobre mim, me dominava, e mesmo que pareça estranho, também me deixava feliz.
Que vontade louca!
 Do teu lado, me senti tranquila. Longe de ti, senti saudade. Engraçado que a primeira vez que eu te vi tu me chamou a atenção como não acontecia com ninguém há tempos, e de lá pra cá, tenho pensado em ti.
Me abraça agora, mais uma vez?
Os dias frios parecem ter chegado mais cedo, me pegando de surpresa como de costume. Eu não sei oque faria se o tempo voltasse. [Mas teu sorriso eu odiaria não ter, e to odiando perder...] Era assim que eu queria me encontrar em alguém, mas tudo veio de forma errada, no tempo inadequado, eu quis invadir tua vida, é verdade.
Me abraça agora, mais uma vez?
Que é pra eu lembrar.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A escuridão retornou

Aquilo tornou-se extremamente seco.
E tornou-se extremamente frio.
Pois não se via mais,
lábios curvados, brilho dos olhos, toque das mãos,
nem prantos, nem obscuridade, nem podridão.
Porém o universo todo avisa, sempre
A cada fração de segundo, do tempo que passa diante de quem não vê o tempo passar
Existe oque é e oque poderia ser,
mas tudo retorna ao seu lugar.
Volta a umidade, volta o calor, volta a podridão e o toque das mãos.
Mas os prantos... os prantos
a platéia não viu.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Um tom de veludo...

Devo confessar,
o medo
sempre esteve aqui.
A frieza
nunca chegou ao meu coração.
Queria eu que sim!
Difícil lidar
com o tempo que passa
o amor que se atrasa...
a solidão!

Desculpe chegar,
assim de repente,
eu não quis lhe assustar.
Um anjo doce,
sorriso doce,
olhos doces,
deslumbrante explosão!

O relógio marcava duas horas.
Mal sabia, eu,
que a hora se adiantava,
há dias.
 Cheguei cedo demais?
Não maltrate, o meu coração
que há de te receber
sem frieza,
com grande dimensão.

E aqui, meu bem
tem lugar pra mais de um,
vem ver,
 em um único caminho
Somos um!

Perdidamente confusos,
confusamente perdidos.


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Me alucina


Escutei uma voz vinda de outro mundo
Vi um sorriso perdido entre as nuvens
Comtemplei com meus olhos distantes
E senti o balanço da tua alma em mim

Nunca foi normal pra mim
Querer tanto alguém assim
Mas quando te vejo é surreal
O momento se torna ideal

As rimas nos trazem graça e vida
Mas nem sempre elas vêm precisas
Mais vale poucas palavras confusas reais
do que mil rimas que não deixam sinais

Todo dia agora será de lembrar
Do teu cheiro inigualável entre tantos
E esse teus olhos que procuram um caminho
E esse teu ar despreocupado que me alucina

Me alucina.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Vasto universo

No meu vasto universo te encontrei, já faz um bom tempo. E no meu vasto universo te perdi. Não te vejo mais, também já não sinto tua falta. Nem faria questão de te trazer de novo pra dentro do meu quintal, nem mesmo do meu mundo, grande mundo. Percebo-te desaparecendo de toda minha estrutura, de dentro e de fora de mim, e vai-se embora todo e qualquer tipo de sentimento à teu respeito, logo me si
nto outra vez completamente minha, sozinha, tranquila e nunca mais vazia. Te perdi, me perdeu, nos perdemos, só te enxergo agora, nos objetos... e de vez em quando no céu. Mas não dói nem o coração, quem dera as mãos. Estamos distantes e isso não me entristece mais. Não penso em te encontrar, e isso me acalma a alma. Tivemos tanto - não posso dizer amor - "gosto" um pelo outro um dia, e olhe onde estamos agora, andando em direções opostas, e eu, que tive que enfrentar meu maior medo, estou contente.
Tudo que passou, passou e agora me sinto bem por não sentir nenhuma necessidade de te ter caminhando ao meu lado. Depois te te encontrar, te ver aflorar e te ver partir do meu vasto universo, sem nostalgia e tristeza, eu estarei dançando pelo resto da minha vida.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Falso anjo golpista

Sábado de manhã eu parei pra pensar
Não tinha motivos pelos quais não lembrar
Não sei oque eu tinha que o fazia sorrir
Por tantas vezes me cuidei pra não o ferir
Mas eu estive cega perante tanto amor
Não ligava pra nada, nem mesmo pra dor

Ele me machucou e sorria
Eu continuava e morria

Hoje lembrei desse falso anjo golpista
Que me dizia pra nunca o perder de vista
Então não o perdi, mas me responda esta questão:
Alguma vez você tentou encontrar seu coração?

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Eu só queria alguém

Quero alguém que assista filmes de terror comigo, quero alguém que conte piadas idiotas e me mate de rir, alguém que me abrace e não queira soltar, alguém que eu ache bonito e que me ache também. Quero alguém que jogue videogame comigo, que me faça brincar de lutinha em cima da cama até ficar sem ar de tanto rir, alguém que não minta quando eu perguntar se estou bonita, ou que a roupa ficou bem. Quero alguém que cozinhe pra mim na tentativa de me alegrar, alguém que faça brigadeiro nas tardes de domingo, pra comermos enquanto escutamos música debaixo dos cobertores. Quero alguém que me acorde de manhã com mordidas, que me faça cócegas mesmo sabendo que eu me irrito, alguém que faça caretas pra mim quando eu estiver triste ou desanimada. Quero alguém que pense em mim quando não estiver tudo bem, que compre sorvete e me chame pra passar a tarde na sua casa assistindo qualquer coisa na televisão. Quero alguém que tenha gosto de "perder" tempo  comigo, fazendo bobagens, conversando, brincando, seja lá oque for. Alguém que não diga que me ama da boca pra fora, mas que abra um sorriso toda vez que me ver.

sábado, 21 de julho de 2012

"Ela sorriu e disse adeus"



Nunca antes eu havia visto seus olhos tão vazios, e aquilo me assustou. Eu nunca antes tive vontade de chorar por ela, e agora eu estava ali, parado na sua frente me controlando para que as lágrimas não rolassem. Ela nunca antes tinha ido embora sem me pedir um abraço, ou um beijo, ou se quer um sorriso. Agora quem estava implorando por qualquer tipo de contato era eu, em silêncio, com uma dor tão forte que eu tenho certeza que até o cara que passou do outro lado da rua nos assistindo entendeu.
Eu sentia o seu perfume e aquilo me embriagava, me entorpecia, e eu não conseguia abrir a boca pra lhe pedir perdão. Ela ainda estava intacta na minha frente, com aqueles olhos vazios e indiferentes, com um ar tranquilo e pude perceber, pela primeira vez na nossa vida, que dentro dela não havia nenhum tipo de tempestade.
"As vezes tu é tão frio que chega me doer no físico e eu não entendo..." era dessa dor que eu sinto agora que ela falava, não era? Eu sempre fui assim... o problema é que ela amoleceu meu coração. Mas muito tarde.
Sinto uma vontade doida de colar meu corpo no dela, por que é nesse vazio do seu olhar que eu quero entrar, onde agora eu vejo que não existe mais ninguém no mundo. Só ela, só ela. As lágrimas caíram e eu não sinto meus pés. Mas movo minhas mãos em direção ao rosto dela, ela não hesita, e sinto sua pele fria. Por rápidos dois segundos ela fecha os olhos e sorri.
"Adeus", ela diz.
Em prantos eu caio de joelhos na frente dela.  Nunca me senti tão fraco, tão insignificante, tão cruel e feio. Ela não se importa, e aqueles seus olhos vazios eram a prova de que ela dizia a verdade. E foi exatamente assim, sem pedir um beijo um abraço um sorriso, que ela foi embora da noite mais fria da história, e também da minha vida.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Meu bem...

Então é verdade que meus sorrisos se perderam e os teus finalmente se encontraram...  e é verdade que tua felicidade foi morar bem longe da minha solidão... eu posso enxergar nos teus olhos e nos teus movimentos que é verdade que minha existência já não tem influência nenhuma, e que teu estar bem já não tem nada a ver comigo. É verdade que teu coração que normalmente frio tem se aquecido nesses últimos dias, e que teu inverno não precisa mais ser repleto de mim... então é mesmo verdade oque eu vejo, que todas as coisas são as mesmas, que  as histórias são sempre iguais, que os fins não mudam nunca, e tudo que tu quer são olhos e cabelos diferentes... e tudo se renova pra ti diante disso, meu bem, vá em frente. Por que se é verdade que tens sido feliz, e se for verdade que teus pensamentos suicídas e  tuas atitudes inconsequentes já partiram daqui, então por favor, vá em frente. Nosso encontro um dia foi marcado, e mesmo que não faça nenhum sentido, eu estarei lá. Mesmo que eu tenha certeza, hoje, de que nada vai mudar, de que o tempo vai passar e quando o dia chegar não terei motivos nenhum pra te encontrar, porque já não seremos mais oque dizíamos ser, oque eu sempre escutei da tua boca, que eramos um, de tão iguais... e que eu era "teu sol", e que eu era o teu amor... nós nem lembraremos direito um do outro. Mas quem sabe, poderemos nos lembrar das coisas pequenas que fazíamos e dizíamos e que nos tornava mais alegres. Porém, agora, a única coisa que importa é a verdade. E se é verdade que tudo isso é verdade, eu espero, bem longe de mim, que tu seja feliz, mesmo que tu não espere o mesmo pra mim, porque eu sei, que na verdade, nem se quer passo pela tua cabeça. E esse é o último dia, meu bem, vá em frente.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Me apareceu você...

Queria poder fazer com que o tempo passasse mais rápido, que ele corresse, na verdade. Por curiosidade? Por ansiedade? Não sei, mas eu quero logo que esse tempo passe. É bom sentir algo diferente do normal. Mas é tão ruim esperar! Eu sei que é muito mais fácil de quebrar a cara assim, mas eu não consigo me controlar. Faz tanto tempo que eu não sinto isso, faz tanto tempo que eu espero alguma coisa boa na minha vida, alguma coisa que mude o caminho, que acabe com a dor. E aí me vem você, assim sem querer, invade meu pensamento, que até então era de um outro alguém. Desculpa, não quero acabar com uma situação que ainda nem começou, e que eu nem sei se vai começar. E amanhã, o que vai ser? Eu mergulho nesse mar que nem sei que profundidade tem, eu me atiro de olhos fechados por que não conheço a dimensão, me sinto no meio da escuridão, sem saber pra onde ir, mas lembrando a todo momento onde eu quero chegar: você. Pode ser um grande problema essa minha "intensidade", mas eu vou me controlar muito bem na tua frente, pra não te assustar. Vou fazer tudo certo. Não vou te contar várias coisas. Como, por exemplo, que tenho vontade de te cuidar. Ou que quando sinto frio, queria que você estivesse comigo. Não vou te contar que lembrar da tua voz me alegra, que acho ela muito "neném" e que sentia vontade de te apertar toda vez que você dizia alguma palavra. Não vou deixar você perceber que estando perto de ti eu esqueço do resto, e não tô nem aí. 
É assim, então. Mas você pode ir embora, quando quiser.  Por que mesmo com tudo isso, eu sinto bem no fundo, que eu não poderia estar agindo mais errado. E logo em seguida, posso te ver partindo, só pelo fato de que eu não sei administrar minha vida... Tão fora do lugar, mas ao mesmo tempo, tão excitante, tão bom e cheio de tranquilidade. Eu vou esconder o que der, por enquanto, até eu ter algum tipo de certeza. Não que eu queira ter certeza de algo, mas só pra não confundir, entende? Preciso saber, pelo menos, se eu posso pensar no teu sorriso antes de dormir.

sábado, 12 de maio de 2012

Reação à decepção

No meu lençol, o teu perfume
Na tua mente, o meu olhar
Me deixe livre pra escolher
Quero viver, quero morrer
Teu sorriso valia a pena
Teu silêncio era homicídio
O cheiro da tua vida dava sentido para o mundo.

Eu vivia pra alcançar,
teus braços no fim do túnel
As ruas estão cheias
E no teu lugar não vejo nada
O vazio já me encontrou
Depois da busca, decepção.

Mas a dor já foi embora...
E no meu lençol, tem teu perfume
E na tua mente, tem meu olhar.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

"

Eles então não haviam sido feitos um pro outro, pensou. Sem que houvesse nenhum tipo de "baque" no peito, ou alguma coisa trancada na garganta, como normalmente. Simplesmente pensou "Não fomos feitos um pro outro", com uma dorzinha bem de leve, uma rápida tontura que dava impressão de que aquilo não era real... mas tudo estava bem. E pensou com toda a força "se não somos certos um pro outro, que ele seja feliz de outra forma" e quis aquilo de verdade. Dá pra perceber? O quão bom seria o amor se não houvesse sofrimento...

Seu Deus.

À princípio, basicamente, eu não entendo. Não entendo como as pessoas podem aceitar alguém que afirma ser divido e superior. Não entendo o que leva as pessoas a crerem na existência de um Deus que seja bom, já que esse Deus se coloca acima de qualquer um. Como pode ele ser tão bom se graças á ele o mundo todo se dividiu? Se realmente ele existe, por que não faz algo para acabar com a injustiça que domina nosso mundo? Por que não acaba com a fome e com a maldade existentes aqui? Pra deus, nada é dificil, então por que existem "milagres"? Acredito que ninguém pode afirmar nada, pois ninguém sabe realmente da verdade. E eu não julgo ninguém. Mas acho tão absurdo a maneira como as pessoas fogem de seus problemas "colocando-os nas mãos de Deus", quando elas não encontram mais saída é quando elas se refugiam, procuram o ser superior, o senhor, o todo poderoso... Deus é maior, elas dizem, mas sabe porquê? Por que elas não conseguem ser tão fortes a ponto de lidarem com suas próprias dúvidas e problemas. Tudo que acontece é por que Deus quis... mesmo? Por que a desigualdade é tida como um pecado, a origem disso não seria Ele mesmo? Pensem. Eu fico tão triste quando percebo onde estou. Nosso mundo não lhes parece que está acabando? Onde está seu Deus pra nos salvar? Vocês dizem que ele não pode interferir, mas isso nada justifica. Porque se ele decidiu não interferir, então ele não é bom. Já que, todo mundo sabe, a humanidade piora de geração pra geração. Vocês acreditam em céu e inferno? Deus não perdoa a todos? Então eu acho que a existência do inferno não seria necessária.
Eu não quero convencer ninguém de que não existe um deus. Eu também não estou afirmando nada, mas sim expondo algumas das minhas dúvidas sobre algo que me intriga muito. O fato é que eu não entendo esse Deus de vocês.

Em teus braços

"Envolve teus braços em mim, me aperta bem forte contra teu peito e por favor, por favor me diz que é a última vez antes da gente se encontrar. Me diz também que tu é feliz sem mim, que não precisa do meu abrigo nos dias tristes e nem do meu beijinho no nariz. Me diz que de noite tu vai ter companhia e alguém pra te cuidar e te esquentar no inverno. Me diz, também, que tu vai continuar e que o tempo vai melhorar todas as coisas ruins que eu vi. E que no final, tu ainda vai lembrar de mim, e que não seja como alguém que te fez perder tanto tempo.... mas agora me abraça forte e se despede de mim, se é assim que tem que ser." R. Schmitt

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Lucky

Você fez tudo o que podia, não foi? E ele te machucou, não é? Você cuidou dele quando ele precisou, estava do lado dele quando ele não tinha mais ninguém, quando ele precisou de alguém que trouxesse-o mais alegria, você estava lá. Quando ele ficou doente ou triste, foi você. Todas as vezes que ele se sentiu sozinho e precisou de uma companhia, era você que ele procurava e era você que sempre ia. E você realmente o fazia feliz, não fazia? Você via nos olhos dele que ele se alegrava por te ter por perto. E você o chamou também quando precisou de companhia,não chamou? E quantas vezes ele foi? Mas tudo bem, por que ele não podia. Me diz, ele te fez feliz? É claro que ele te fez! Mas ele também te deixou tão triste, tão triste... E você nunca entendeu o jeito dele de "te amar". Quando você ama uma pessoa, não deveria querer apenas ela? Se você é feliz com alguém, por que motivos jogaria isso fora? Ele nunca soube como era... e você nunca antes havia mostrado isso à ele, né? Porque você nunca o deixou. Mesmo quando ele te decepcionava e magoava profundamente, dizer "não" era tão impossível. O medo de perdê-lo fazia com que você perdesse a cabeça. Mas você cansou, certo? Cansou de tratar como prioridade quem sempre te tratou como opção. Você cansou de esperar por algo que nunca aconteceria. Cansou de escutar a palavra "mas" antes de "eu gosto muito de ti". Cansou de se sentir otária perto dele, e de agir como uma idiota. Cansou de tentar entendê-lo. Porque sempre chega uma hora que tudo o que você quer é não se importar. E sem perceber, isso acaba começando a acontecer...

terça-feira, 3 de abril de 2012

Uma história sem fim

Ela estava lá mas ele não estava. E já fazia muito tempo. Ela sentava, levantava, caminhava em círculos, enchia os olhos de lágrimas e estremecia com o pensamento de que ele não viria. E ele não foi. E ela ficou. Ficou ali até a última gota da última chuva cair. Até o último dia de sol passar. Até que todos os rostos não fossem os mesmos. Ela nunca saiu. Ele nunca voltou. O coração dela sempre fervilhando, o coração dele não se sabia onde encontrar. Ele ia e vinha, ia e vinha mas da última vez, POR QUE NÃO VEIO? É por que ele devia ser mais feliz assim. Por que vai ver ele prefere mesmo a solidão. Ou por que talvez, talvez o coração dele não seja dela. E talvez nunca tenha sido. Ela se manteve ali, por mais que no chão, alegre, profundamente triste mas profundamente alegre, pois se ele não estava ali, devia estar melhor sem ela. E se com ela ele era feliz, devia estar muito mais feliz. Com seu coração na mão, ela aceitou. Que o amor que ela tinha, ninguém nunca a daria. E se contentou com a solidão, escondeu todo o amor do mundo, pra caso um dia ele a visse, se apaixonasse, pois não haveria amor pra ele, e ela sabia, sem amor pra dar, ela receberia. Mas ela ficou e ele não veio. Ela ficou e ele se foi. Ele se foi e nunca voltou. E essa história eu vejo todos os dias, dentro da tua alma. Ela me disse.
— Eu não sei, é desespero, eu acho.
— E de onde vem?
— Do vazio... tu sabe. É um buraco tão grande que dá tanta, mas tanta vontade de se jogar dentro dele, só que não dá, não dá, tá aqui dentro, ó. Como eu posso me jogar dentro de mim? Como? E nada vai preencher isso, nunca mais. E por que diabos eu tenho que continuar de pé? Por que diabos eu tenho que manter a porra do meu pé no chão?
— Pra enganar. Calma... eu conheço esse vazio, e dói, né? Mas só espera que depois a dor fica mais forte até que um dia passa. Sabe, aquela velha história de que quando a dor fica insuportável a anestesia vem por conta. O vazio é o abismo inalcançável da tua vida. Tu vai sempre querer se atirar nele, mas não vai conseguir. Tem que aprender a conviver... todo mundo é um pouco vazio por dentro, não dá pra escapar. E vai ser sempre assim.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Thiago e Alice

Decidiram a data da cerimônia.
Assim mesmo em cima da hora, dois meses e pronto, para sempre. Num campo vasto sem conhecimento, só com a paixão que queimava no coração dos dois naquele momento. Digo: naquele momento. Alice e Thiago, no entanto, continuavam rindo pelos cantos, brincando de se esconder, comendo pizza de sorvete e assistindo comédia juntos. Comentavam secretamente sobre como achavam aquele casamento um absurdo, com 11 e 12 anos apenas, "não sabem se amar! um segredo aqui e um ali, quem suporta? não sabem se amar..." Alice repetia surpresa quase sempre com as mesmas palavras. "A gente não tem segredos..." dizia e sorria o Thiago pra Alice que sorria de volta. E ela com aquele diário quase que entitulado com o nome do Thiago escrevia e escrevia toda semana uma cartinha no final de uma noite qualquer... sem ele nem imaginar. Doze de novembro. Sete meses e onde estava o desejo de proteger um ao outro? "não vejo nada disso... será que é assim mesmo?" Alice dizia com os olhos cheios de medo pro Thiago, que sorria e dizia "mas a gente é diferente" e lá ia Alice sonhar mais um pouquinho com o futuro que certamente pra ela era junto com ele. E foi por causa desse medo de gente grande que não tem sentimentos que eles nunca perderam a essência da infância, o bom do sentimento que é verdadeiro, e hoje, dois de fevereiro de dois mil e dois  é o dia que eles vão dizer "sim, eu aceito" se olhando nos olhos que com certeza ainda brilham como diamantes e ambos pensando "mas é claro que vou te cuidar e te proteger pra sempre".

quarta-feira, 7 de março de 2012

Uma multidão invisivel de palavras me seguiram até aqui

Oi? É tu mesmo que ta aí? Pois é me desculpa pela hora o momento errado talvez mas eu nunca sei que hora é a certa, essa não é uma ligação normal, não quero saber como tu tá, se tu vai ir pra casa hoje ou não pra mim te visitar, e nem tô ligando pra te convidar pra um café... tô te ligando pra esclarecer, queria tanto falar contigo, escutar tua voz e te contar as coisas que tão passando, sabe, faz um tempo já... desculpa, sei que tu não gosta de  me ouvir falar assim mas eu preciso, sabe, faz um tempo que vem vindo essa coisa de monte de palavras no meu pensamento e uma voz que insiste o tempo inteiro a cada segundinho que eu te conte cada palavra que vem se tornando meu segredo, pensei em te fazer uma carta mas seria mais chato ainda, imagino, ai me dei conta também que eu tenho coragem de tentar de falar.. olha, sabe, escuta, eu sinto essa coisa aqui, essa bosta parece com ciúme, não sei bem, não gosto de imaginar nossa vida diferente, aliás, não gosto de imaginar pior ainda de como a gente anda, é tão falso é tão grandiosamente mentiroso o que nós temos, ou melhor, o que não temos, não concorda? é claro, claro que não concorda... isso não te encomoda nenhum pouco se em casa somos um e fora somos outros, sinto tanto, é tão feio pra mim entende, porque particularmente eu não gostaria nunca que nos chegassemos a esse ponto assim tão feio, triste, e por isso já não falo mais pra ninguém dos nossos momentos que eu gosto de lembrar esses que tu também nunca vai contar pra ninguém por que não é o tipo de momento que se contaria se a pessoa não é tua namorada.... então eu guardo pra mim mas tão forte e cheio de tristeza... mas na verdade eu vou te contar uma coisa, ultimamente eu não tenho me perdido tanto assim na vida nem na dor nem na solidão nem etc e tal, não sei se tu gosta disso por mim se tu fica feliz ou se tu se importa, provavelmente não mas eu gostaria que tu soubesse um pouco mais que agora eu não giro ao teu redor porque eu também tô dando espaço na minha vida pra quem me quer mais bem ainda do que tu, to procurando algum canto do mundo onde eu encontre carinho e essa é a hora em que tu me chama de gay, mas não quero saber, deixa eu terminar de falar, só dessa vez, por favor? então tá, escuta bem, eu não me sinto mal todos os dias como antes nem parei de sentir fome nem nada disso e é uma coisa boa, mas eu ainda como sempre como todos os dias como antes como desde sempre que eu senti isso por alguém que é tu eu ainda tenho aquela vontade que de ti já foi embora há muito tempo, nem um pingo de ciúme não existe mais que eu fiquei sabendo, mas tudo bem, queria só te esclarecer por que não suporto esconder e eu tô falando pra chegar num lugar... esse caminho ja não ta longo demais? tu não acha? é claro que eu gosto de ti muito assim e da tua companhia e do teu carinho quando tu resolve me dar e dos teus sorrisos e de tu ser feliz comigo e dos dias que passaram e te de escutar falando alguma coisa sobre passar o inverno inteiro comigo sem preocupação é claro que eu gosto muito mais do que tu imagina, mas isso agora não tem sido um problema muito grande como de costume e além do mais esses dias lembra que passei a mão no teu braço e blablabla pra ninguém falar depois e blablabla ficamos amigos e fim. é isso que somos? amigos? realmente? que seja... só quero te falar então que é melhor parar antes que o mundo caia em cima da gente, antes que de tudo errado e a gente não continue nem amigos mais, eu não falei muito bem o que era na realidade mas me desculpa se perdeu o tempo me ouvindo, só quero te dizer também que quero ver tua vida lá na frente em seguida e de verdade com toda a força quero muito mesmo e se tu encontra alguém pra amar com o coração então não perde  a chance de novo, é bom amar e não é dificil te amar, agora chega isso é pelo menos 30% do que era pra ti saber, mesmo que eu sei que não entra na tua cabeça nada dessas bobagens que saem da minha boca... bobagens não é? acho que é aí que foi meu erro o tempo inteiro na tua vida: não ser compreendida e querer sempre dar um jeito de explicar. nunca deu certo e nunca vai dar, por que bem no fim nós somos bem diferentes, é isso, beijo, até mais, te cuida, viu, um eu tenho amor por ti aí também, tá, só pra saber, ainda, nada demais, é isso, um beijo, tchau.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Curvas

Tinha um medo que quase queimava por dentro. Por quanta coisa já tinha passado, quanta dor havia sofrido, quantas confiança jogada fora? Ela sabia... e não queria mais lembrar. Ela resistiu por bastante tempo, e começou a aprender. E as vezes, felizmente, a vida nos traz um sorriso diferente pra relaxar, um sorriso que manda tanta coisa embora, que te deixa com vontade de sorrir de volta. Por... simplesmente sorrir de volta. Ela alegrou-se cada vez mais, queria sempre continuar mas o medo a tomava inteira, tantas daquelas coisas ruins, medo de decepcionar, medo das incertezas... mas ela queria, com tanta força ela queria. Dar um passo a diante, dar mais um sorriso, receber mais dois, um carinho, um consolo. Queria aquele sorriso que era tão fora de comum, o sorriso que sem querer já se tornava parte da alegria. Mas e o medo de querer... os mesmos de sempre. Pular? de cabeça? mas como? a cabeça ia e via e onde estão as respostas, ela não sabe. Mas tentar vem sendo uma tentação, e não sabe oque fazer...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Ciclo clichê

Então eu fui embora. E cada dia parecia uma semana. Eu acordava com medo e dormia angustiada. E todos os dias eram os mesmos dias. Nada mudava, exceto a falta que eu sentia. Mas eu tinha decidido ir embora e pela primeira vez o meu princípio era seguir em frente. Então eu deixei. Deixei que me levassem... me permiti tentar me manter afastada dos pensamentos de sempre. Tentei agir de forma diferente. Tentei ser outra pessoa. Mas eu fui embora e por mais que as coisas tivessem melhorando, quanto mais saudade eu sentia mais fora de mim eu ficava. E quanto mais fora de mim eu ficava mais eu me sentia perdida. E quanto mais eu me sentia perdida mais eu sentia saudade... e isso não acabava. Os dias duravam uma semana, e a melhor parte da semana eram as noites. Como eu gostava daquelas noites! Desde a hora que eu dormia até cinco segundos antes de eu acordar. E dormia, dormia. E mesmo com tanto esforço, eu segui em frente. Eu fiquei lá, as vezes sozinha, as vezes não. Eu pensava, eu tentava, eu vivia. Mas eu precisava sempre dar um passo muito difícil pra continuar, e eu dava, e ficava cada vez mais difícil. Então eu perdi a cabeça e comecei a me refugiar da realidade em que eu me encontrava. Congelei toda lembrança que eu tinha, guardei toda a insegurança, me enchi de estupidez pra ser uma pessoa que não existia. Me fechei de todas as formas e quis mostrar que as coisas também podem ser do jeito que eu quero. Só que ninguém nunca tinha me contado que quando a gente não tranca alguma porta direito, ela pode se abrir sem que a gente perceba. E aí a mesma história começa outra vez, e da mesma forma, provavelmente, acabaremos perdidos. Meus parabéns, pois quem venceu não foi eu.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Nada parece difícil. Mas é tudo tão mais difícil do que fácil: Aceitar, querer, aprender, fazer, viver. Palavras são ditas, conselhos ouvidos, e o que me resta ao final de tudo não passa de incompreensão. Onde está o correto? Onde é o lugar certo? Eles falam como se tivessem uma sabedoria inexplicável, mas nenhum deles saberia responder às minhas dúvidas.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Um nó na garganta.


Eu quase não saí da cama durante 3 dias. A única coisa saudável que eu fiz foi respirar, e tomar água pra alimentar meu choro. Pensei o tempo todo em ti... tua imagem ou tua voz chegavam ao meu pensamento como uma assombração, e eu não conseguia controlar. Depois destes 3 dias, eu ando fraca, mas não tenho fome... só saudades de ti. Mas tu não veio à momento algum, nem se quer se importou em como eu estava. E agora eu estou tomada inteiramente por este medo de te perder de uma vez por todas. Por que não é tu que me perde? Eu sou sempre a que perco. A decisão nunca é minha. Se fosse, tu sabe oque aconteceria...
Eu não consigo suportar a dor de te imaginar longe de mim. Como é difícil pensar em te ver e perceber que intimidade já não existe entre nós. As nossas brincadeiras, a forma carinhosa que nos tratamos, os momentos juntos que eu nunca vou esquecer... como eu vou fazer pra esquecer disso ao te olhar? Como eu vou fazer pra não chorar de novo? Como eu vou fazer pra esconder o meu amor? Por que eu sei, ele ainda vai estar lá. Por mais que eu chegue num ponto onde eu pense que te esqueci, virá a tona tudo isso quando eu te olhar, ver teu sorriso, sentir tua pele. Entende como é angustiante? Não, tu não entende... Se tu sentisse pelo menos uma vez na vida o que eu sinto frequentemente... quem sabe tu me pediria desculpa por tantas vezes ter me magoado. Porque dói tanto, meu deus, que é quase insuportável.
E eu nunca dei uma chance ao tempo, nunca consegui, nunca tive coragem. Nunca dei o primeiro passo: aceitar que tenho que ficar definitivamente longe de ti. Mas eu me sinto tão despreparada. Sempre sinto tua falta.... e nesses dias, tu não vem me visitar, e eu fico mais sozinha do que sempre estive, e saber que tu não vem mais... que não quer vir, que não me quer. Acho que tudo que fizemos foi perder tempo, mesmo ganhando tantas lembranças, mas que só vão servir de me trazer saudade. Um dia, eu espero, um dia. Se chegarmos até lá. Mas antes eu gostaria que tu tivesse uma prévia da dor, só pra garantir que eu vá me tornar importante.