terça-feira, 7 de junho de 2011

Chegando a lugar nenhum;

Sentados ali fora quando era mais ou menos umas vinte e duas horas e quinze minutos, eu toda encarangada de frio mas fingia que nem sentia - a verdade é que tava tão entretida naquelas ideias que nem me importava tanto com a noite gelada -, ouvia ouvia pensava considerava concordava e discordava. Ideias repetitivas, cansadas, coisas que as pessoas todas falam e discutem até não poder mais. Sabe esses negócios tipo trânsito, tipo evolução, tipo tecnologia, tipo liberação de maconha, tipo o prejuízo que a droga traz, tipo o mundo. Pra ser mais exata, tipo o Brasil em si.
Era dessas coisas que falavam e me faziam pensar e ver o meu certo e o meu errado, mas aí como um estalar de dedos me veio à cabeça uma pergunta: Afinal, qual é a moral de tudo isso? Não sei se eles acreditam que essas coisas ruins do Brasil vão mudar. Deu vontade de dizer: É assim mesmo que a gente vai viver, é nesse mesmo país, meus caros. Eu, particularmente, não confio nesse futuro que todo mundo espera/sonha um dia ter. De repente foi nisso que pensei e foi essa a minha convicção: O mundo não vai mudar. Tende a piorar, piorar, piorar. Mas há um motivo de tudo ser tão polêmico e apesar de abatido nunca deixado de lado, é que o futuro é extremamente incerto e as pessoas ainda acreditam que um dia vai deixar de ser esse inferno que já virou pra ser o mundo um lugar de paz e ai-ai-ai-ui-ui-ui. Eu sou mais realista, ou pessimista, se preferir.
O fato, no entanto, é que o tempo passa e tudo que percebemos é a regressão. Do país, da sociedade, de tudo. E cada vez menos a ética se mantém, e cada vez mais vemos tudo indo água-a-baixo, a consciência do ser-humano sumindo. Mas, assim que as coisas são. E tudo bem pra mim que as pessoas discutam e se importem (mesmo não sendo fortes o suficiente pra lutar pelo que se importam) com o que está acontecendo, mas tais discussões não trarão satisfação na prática. E se sim, é muito pouco.
Tenho certeza que temos aqui também muita coisa boa. No mundo e no Brasil. Mas nós sabemos o quanto as coisas ruins escondem as coisas boas, certo? Bom, tudo bem. Temos que rever as vezes os nossos conceitos e enxergar de todos os lados, expandir o máximo que pudermos a nossa mente quanto ao universo, quanto ao lugar que estamos prestes a passar o resto das nossas vidas.
Digo assim então, que levantei daquela cadeira como uma ridícula que graças ao senso comum escutou com tanto interesse tudo aquilo sendo que desde o início sabia que não tem saída, não assim, enquanto todo mundo estiver acomodado. E, como aponta o horóscopo, a comodidade é uma característica problema do Taurino.


Olá, sou do signo de Touro.


Rafaela Schmitt

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