quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Sem mistério o que eu seria?

A resposta era sempre a mesma. Um indeciso e duvidoso não. E naquelas conversas silenciosas e solitárias, o que eu sabia era que eu não sabia de quase nada. Nem o necessário eu sabia. Também não fazia questão de acreditar em nenhuma possivel verdade. Não via diferença alguma em falar ou não falar, demonstrar ou não demonstrar, não mudaria coisa alguma pra mim. Caso fizesse pra outros, quem acha que eu me importava? Também nunca fez a mínima diferença! Os outros que cuidassem das suas percepções. Quem vê graça em passar tanto tempo - perdido - explicando tudo o que a gente é e quer? Tudo que a gente sente? Quem gosta de ter a vida como um livro aberto, onde todos procuram qualquer coisa pra levar o tédio embora, onde não há segredos...? E quanto a mim, alguém pensa que eu gostaria de ser um livro aberto? Mas isso não é pra mim. Nunca foi. Nunca vai ser. Portanto, não tente me compreender tão facil assim, minhas palavras podem ser nada, o meu silêncio também, assim como podem ser tudo, é que as vezes nem eu mesmo sei. Não me peça explicação, por favor. Eu nunca vou permitir que entrem na minha mente. E se por um acaso um dia isso vir a acontecer, ah, eu não sei oque predominará: o medo e a necessidade de me afastar, ou a curiosidade que me fará ir muito além.

Rafaela Schmitt

Um comentário:

  1. Owuuun, que texto lindo amg, parabéns.
    gosto muito de textos assim, que nos fazem 'refletir' sobre a vida *--* !
    gostei muito do seu blog, me segue *--* ? sigo tbm. bjs ♥

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