domingo, 3 de julho de 2011

Passado escondido

Com todas essas reviravoltas... eu nunca vi aquelas cenas de filme, pergunto do passado e as respostas que obtenho pra mim não é o bastante. Acho que é o drama que me prende totalmente, se era proibido e escondido, era bonito, os dias de liberdade eram sonhados, os beijos sem culpa, as mãos suando de tão apertadas uma na outra, o olhar adorável e de extrema ternura quando se encontravam e sem precisar cuidar os olhares, o lugar, o jeito daquilo.
Assim mesmo como imagino, um presente perdido, esmagado por ignorâncias, hábitos, costumes inúteis. Queria ter sido não o que sou, queria poder voltar a ser algo inexistente e implanejável e dar toda a felicidade e o amor que iria mudar toda rota, o caminho. Cortaram todos os laços, a dor dói em mim por uma cena talvez até que não houvesse existido: cruzando a rua com olhar baixo pra ele querendo com tanta força correr e abraçar e dizer me tira daqui! É natural encontrar e perder, li por aí. É injusto, não é? Foi amor, e foi embora assim. O futuro depois o quanto foi de maravilhas? Aqueles olhares todos intensos e sonhadores que imagino em estradas de chão,tão perto e a distância acabando com cada pedacinho, tudo, tudo. Eu não vejo esses olhares aqui, nem em palavras escuto ternura, não cheiro carinho, não vejo amor, eu queria ver amor tanto. E é por isso, por isso tudo pode ser tão errado, desnorteado, dissimulado, desimportado. Mas quem decide é quem sabe se importa ou não importa, tão fácil e prático... eu já teria explodido.

Rafaela Schmitt

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