segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Carta à ninguém

Desde que nasci eu não entendo por que nasci.
O sol não me traz oque deveria, eu não consigo se quer me mover diante dele, talvez eu nunca tenha realmente tentado o contemplar. Na escuridão eu me encontro e me perco me encontro e me perco a cada segundo. Pra onde eu vou?
Ria por mim, peço-lhe por favor, ria por mim, hoje, amanhã, daqui três anos, continue rindo por mim... estampe seu riso no meu túmulo quando eu for, eu preciso que todos entendam por que é tão difícil sem isso, porque a mágica dentro dele me fez ir embora, pois não o tenho.
A vida é cínica, irônica, patética.. a vida é malandra! Enquanto há tempo, fuja. Meus passos seguem uma direção desconhecida, e mesmo assim eu conheço o objetivo, conheço o final dessa estrada... e todos conhecemos, porém vocês não querem enxergar, querem perder tempo, procurando, chorando, pedindo, implorando à deus, deus?
Conheci poucas coisas, eu sei, "tenho muito a viver", tenho sonhos pra realizar, você diria, mas onde estão eles? Sei de toda essa história, de cada canto que a vida esconde, eu sei, talvez pareça que não, talvez eu precise de um tempo longe daqui. Um tempo sem fim...
Me desculpem, a todos que sentirem-se mal. Não se sintam, a culpa é toda minha que não sei amar, não sei lidar com tanta gente louca que tem no mundo, tanta crueldade e tanta dor que eu vejo em cada esquina, tanta injustiça, preconceito, a culpa é minha de não me adaptar e não compreender a humanidade. Acho até que demorei demais, afinal.
Olhos inchados, dor de cabeça, é verdade, pra onde vou, que solidão!

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