Eu pedi que se afastasse um pouco mais por que no fundo eu já tava quase sabendo no que aquilo ali terminaria, e eu não queria, então pedi, e o que ela fez foi o ápice. Ao invés de se afastar, ela sorriu torto como quem diz que eu não sei o que estou falando, e de fato eu não sabia, a única coisa da qual eu tinha consciência naquele momento era que ela me fascinava, me atraia, e aqueles olhos... que me induziam ao querer. Então, com aquele sorriso torto, aquele, sem nenhum tipo de mudança, foi que ela conseguiu me algemar mentalmente pra sempre dentro dela e de mim. Pra sempre sim, por que pra sempre é agora, e agora não tem fim.
E o fogo não se mexe, não diminui, quem dirá se apagar. Mas não é com esses olhos desses homens-todos-iguais que eu a vejo, ela é uma mistura de todas as coisas agradáveis que eu já experimentei na minha vida, e olha, não foram poucas. Também acontecem as coisas desagradáveis, como a insegurança que eu tenho quando fico muito tempo longe dela. O mal-estar quando escuto ela dizer que não quer ir no cinema, ou quando ela prefere ir tomar chopp com as amigas. Ou simplesmente quando ela chega cansada e nem sorri, e diz que quer dormir.
Ela mexe comigo mais do que porre é capaz de mexer com a gente num sábado a noite com os amigos, e, enquanto eu fico extasiado com a quantidade excessiva de bebida alcóolica que eu ingiro, ela ainda continua intacta no meu pensamento e nas minhas veias, será mesmo possível? Eu digo sim, é possível sim, eu também achava que isso fosse papel só delas, mas sinto dizer: espere se apaixonar. Ou pior, espere amar. Aquela doçura, leveza, fragilidade, encantamento... e também tem toda aquela coisa forte que, se eu explicasse, eu teria que censurar.
R. Schmitt
Que texto forte, hein! (:
ResponderExcluirGostei do jeito como você se expressa.
Beijos e uma ótima semana *-*
Hallana,
webcalcinha.blogspot.com